"ALÉM DE VOCÊS, O QUE TEM PRA COMER HOJE?"
Este trabalho vem sendo desenvolvido desde 2017 em Fortaleza-Ceará-Brasil com uma perspectiva de diálogo em ambientes de ensino e aprendizagem como: rua, escolas, universidade e associações LGBTQIA+. Percebi então a importância da metodologia no processo de diálogo e partilha sobre os diferentes materiais, quão importante foi este momento para promover um processo de escrita sobre a pedagogia e coreografia deste solo. Destacando uma pedagogia fluida e não binária na forma como organizamos nossos desejos, nossas vontades, nossas políticas, nossas infinitas criatividades. Neste solo, trabalho com materiais que encontro na rua e que tocam numa história autobiográfica. Para pensar e agir sobre a performatividade dos corpos (meus e materiais), utilizo o GAMBIARRA, ação brasileira que consiste em agir/mudar estruturas para fazer/usar recursos, para pensar como alcançar o impossível. Trabalho com diversas materialidades e linguagens para observar, perceber e inventar outros contornos subjetivos de como interagir e progressivamente compartilhar intimidade na performance atuando na criação de ondas sonoras, letras, sonhos, fantasias, pesadelos, vida e morte. Eu estudo como inundar espaços, deixar a chuva nos lembrar que viemos de uma tempestade. Nesse sentido, fortifiquei inúmeras ações e estratégias em diferentes linguagens: escrita, audiovisual, ciberespaço, música, corrompendo repertórios (O lago dos cisnes e a tarde de um fauno) para romper barreiras e perceber materialidades que se tocam, misturando-se com políticas e didáticas fluidas e não binárias. Nessa perspectiva, o solo busca esse compromisso, na não possibilidade de se fixar em uma imagem, em uma linearidade, em uma sensação. Como podemos experimentar e habitar a flutuação, a não gravidade. Durante o primeiro ano do Master EXERCE ICI-CCN Montpellier em 2021, apresentei o espetáculo Além de você, o que há para comer hoje? ALÉM DE VOCÊ, O QUE TEM PRA PARA COMER HOJE? E uma dissertação sobre a pedagogia dos fluidos "Oralção e tentativas de amor em vão". No momento estou flutuando para a criação de um espetáculo para crianças, onde se possa habitar as circularidades dos papéis, viver horizontalmente, a composição coreográfica e um show juntos, sem hierarquias e sem medo experimentando as várias proporções do solo anterior e atuando na magia queer para não fecharmos os espaços da criatividade queer na infância.

À part vous, Il y a quoi à manger aujourd’hui ?
Ce travail a été développé depuis 2017 à Fortaleza-Ceará-Brésil avec une perspective de dialogue dans des environnements d'enseignement et d'apprentissage tels que : la rue, les écoles, l'université et les associations LGBTQIA+. J'ai alors réalisé l'importance de la méthodologie dans le processus de dialogue et de partage sur les différents matériaux, combien ce moment était important pour promouvoir un processus d'écriture sur la pédagogie et la chorégraphie de ce solo. Mise en évidence d'une pédagogie fluide et non-binaire sur la façon dont nous organisons nos désirs, nos volontés, nos politiques, nos créativités infinies. Dans ce solo, je travaille avec des matériaux que je trouve dans la rue et qui touchent à un récit autobiographique. Pour penser et agir sur la performativité des corps (le mien et les matériaux), j'utilise GAMBIARRA, une action brésilienne qui consiste à agir/changer les structures afin de fabriquer/utiliser les ressources, pour penser comment réaliser l'impossible. Je travaille avec diverses matérialités et langages pour observer, percevoir et inventer d'autres contours subjectifs de la manière d'interagir et de partager progressivement l'intimité dans la performance en agissant dans la création d'ondes sonores, de lettres, de rêves, de fantasmes, de cauchemars, de vie et de mort. J'étudie comment inonder les espaces, que la pluie nous rappelle que nous venons d'une tempête. À ce sujet, j'ai fortifié d'innombrables actions et stratégies dans différents langages : écriture, audiovisuel, cyberespace, musique, en corrompant des répertoires (le lac des cygnes et l'apremidi de un fauno) pour briser des barrages et percevoir des matérialités qui se touchent, en se mêlant à des politiques et des didactiques fluides et non binaires. Dans cette perspective, le solo cherche cet engagement, sur la non possibilité d'être fixé dans une image, dans une linéarité, dans une sensation. Comment nous pouvons expérimenter et habiter la fluctuation, la non-gravité. Lors de la première année du Master EXERCE ICI-CCN Montpellier en 2021, j'ai présenté le spectacle Other than you, what is there to eat today? À part vous, Il y a quoi à manger aujourd’hui ? Et un mémoire sur la pédagogie des fluides "Oralaction et tentatives d'amour en vain. En ce moment je flotte vers la création d'un spectacle pour enfants, où l'on peut habiter les circularités des rôles, vivre horizontalement, la composition chorégraphique et créer un spectacle ensemble, sans hiérarchies et sans peur en expérimentant les diverses proportions du solo précédent et agir en magie queer pour que nous ne fermions pas les espaces de créativité queer pendant l'enfance. Observer les nuages et comment voler en orbite autour d'autres planètes ?

Other than you, what is there to eat today?
This work has been developed since 2017 in Fortaleza-Ceará-Brazil with a perspective of dialogue in teaching and learning environments such as: the street, schools, university and LGBTQIA+ associations. I then realized the importance of the methodology in the process of dialogue and sharing on the different materials, how important this moment was to promote a writing process on the pedagogy and choreography of this solo. Highlighting a fluid and non-binary pedagogy on the way we organize our desires, our wills, our policies, our infinite creativities. In this solo, I work with materials that I find in the street and that touch on an autobiographical story. To think and act on the performativity of bodies (mine and materials), I use GAMBIARRA, a Brazilian action that consists of acting/changing structures in order to make/use resources, to think how to achieve the impossible. I work with various materialities and languages ​​to observe, perceive and invent other subjective contours of how to interact and progressively share intimacy in performance by acting in the creation of sound waves, letters, dreams, fantasies, nightmares, life and death. I study how to flood spaces, let the rain remind us that we came from a storm. In this regard, I have fortified countless actions and strategies in different languages: writing, audiovisual, cyberspace, music, by corrupting repertoires (Swan Lake and the afternoon of a fauno) to break down barriers and perceive materialities that touch each other, mingling with fluid and non-binary policies and didactics. In this perspective, the solo seeks this commitment, on the non-possibility of being fixed in an image, in a linearity, in a sensation. How we can experience and inhabit fluctuation, non-gravity. During the first year of the Master EXERCE ICI-CCN Montpellier in 2021 , I presented the show Other than you, what is there to eat today? And a dissertation on the pedagogy of fluids "Oralaction and attempts at love in vain. At the moment I am floating towards the creation of a show for children, where one can inhabit the circularities of the roles, live horizontally, the choreographic composition and create a show together, without hierarchies and without fear by experimenting with the various proportions of the previous solo and act in queer magic so that we do not close the spaces of queer creativity during childhood. other planets?